Computador, softwares e mesa digitalizadora estão entre os destaques para aprimorar as habilidades na área.
Das embalagens dos produtos no supermercado ao desenvolvimento de livros: o design está em quase tudo. Para homenagear esse dia, o artista Marcelo Kimura desenvolveu uma lista de itens importantes para aspirante a designer gráfico.

Computador
Começando pelo item mais importante do designer gráfico moderno. A grande dúvida é: qual computador comprar? Em meio a vários modelos e configurações, é completamente normal ficar perdido. Segundo Kimura, é preciso que tenha definido muito bem que tipo de trabalho será desenvolvido para ajudar na escolha do equipamento.
“O design é muito amplo e pode envolver desde a edição de formas simples e leves até manipulação de elementos 3D que são mais pesados. O pulo do gato aqui é você entrar no site do desenvolvedor dos softwares e verificar os requisitos mínimos para rodar aquele determinado programa”, complementa o designer.
Por exemplo, os requisitos mínimos para rodar o Illustrator, segundo a Adobe, são: processador multicore com suporte a 64 bits, 8GB de Ram, 2GB de HD para a instalação do sistema, monitor 1024 x 768, 1GB de VRAM (placa de vídeo) com suporte a OpenGL. Vale ressaltar que esses são os requisitos mínimos, ou seja, é provável que o trabalho fique apertado com uma configuração dessa. Prefira um computador com configuração sobrando. O aconselhável é ter pelo menos 16GB de RAM e SSD ao invés de HD pois são muito mais rápidos. Uma placa de vídeo de pelo menos 4GB também vai te permitir trabalhar de forma mais fluída e um monitor Full HD vai permitir trabalhar com mais espaço de visualização.
Softwares
Um computador sem os programas gráficos não serve para muita coisa. “A Adobe é líder do segmento, com soluções completas para a maior parte da demanda de um designer gráfico. A Corel também é uma excelente suíte de aplicativos que já está no mercado há muitos anos e já se consolidou. O Affinity, apesar de novo no mercado, vem conquistando seu espaço e fazendo adeptos”, afirma o designer.
Monitor
Um bom monitor é essencial, afinal, é o que dará a visão do trabalho tomando forma. Segundo Kimura, as especificações que considera importantes em um monitor são: cobertura de pelo menos 98% de sRGB (se for acima de 90% Adobe RGB, melhor ainda), painel IPS, resolução Full HD (1920 x 1080, mas eu recomendo 2k pra cima) e DeltaE < 2 (essa especificação tem relação com a precisão de cores que ele exibe).
Mesa digitalizadora
“Essa é uma recomendação pessoal e que tem a ver não só com a produtividade como também com saúde. Um designer gráfico passa a maior parte do dia (para não dizer o dia todo) com a mão sobre o mouse fazendo diversos movimentos. Isso pode causar dores e até mesmo lesões mais sérias. A mesa digitalizadora Wacom permite usar uma caneta para fazer os mesmos movimentos do mouse, porém, de forma muito mais natural e ergonômica. Usar uma mesa evita que eu tenha dores e provavelmente lesões e por isso eu sempre recomendo”, conta Kimura.
Além disso, a mesa ajuda na produtividade, já que fazer movimentos com a caneta é muito mais rápido e agradável, quando comparado a um mouse. “Atualmente uso a Wacom Intuos Pro, que acompanha a caneta Pro Pen 2 com mais de 8 mil pontos de pressão. A mesa ainda possui botões de atalho que auxiliam na otimização de tempo.”
Cadeira
Muita gente não pensa nisso, mas é um item essencial, já que o profissional vai passar muitas horas sobre ela. “Evite os modelos revestidos com couro. Elas esquentam e, com o tempo, começam a descascar. Prefira aquelas com telinhas, pois são mais arejadas. Uma boa cadeira também precisa ter um apoio lombar, de preferência com ajuste. Braços com ajustes de altura também são extremamente bem-vindos”, ensina o especialista.
Impressora
Não precisa ser o modelo de última geração. Claro que, se houver condições, é mais recomendável comprar a melhor opção possível. Caso contrário, as mais simples, com scanner embutido, já vão quebrar o galho. Segundo o designer, imprimir os trabalhos podem dar uma outra perspectiva sobre ele.
Conhecimento
“Esse é o item mais importante da lista. Você consegue fazer um bom projeto sem os itens acima. Sem conhecimento, não. A profissão não é regulamentada no Brasil, mas isso não quer dizer que você não precisa estudar”, explica Kimura.
Há no Brasil uma série de instituições que oferecem curso superior em design gráfico, seja presencial, seja EAD. Também é possível estudar por meio de cursos online. “Eu mesmo ofereço 2 cursos: um focado em identidade visual e outro em Illustrator, um software muito usado por designers para a criação de logotipos. O importante é estudar para oferecer o melhor serviço para o cliente. Sem conhecimento, seu computador e seus softwares não servem para nada.”
Sobre a Wacom
Fundada em 1983, a Wacom é uma empresa global com sede no Japão (Bolsa de Valores de Tóquio: 6727), com subsidiárias e escritórios afiliados em todo o mundo, para apoiar a comercialização e distribuição em mais de 150 países. A visão da Wacom de aproximar pessoas e tecnologia por meio de tecnologias naturais de interface tornou-a a fabricante líder mundial de mesas digitalizadoras e monitores interativos para canetas, além de stylus digitais e soluções para salvar e processar assinaturas digitais. A tecnologia avançada dos dispositivos de entrada intuitiva da Wacom foi usada para criar algumas das artes, filmes, efeitos especiais, moda e designs mais empolgantes do mundo todo, fornecendo aos usuários corporativos e domésticos sua tecnologia de interface líder para expressar sua personalidade. Para mais informações: www.wacom.com
Pedro Eboli, especialista há mais de 13 anos na área, mostra como práticas simples podem auxiliar artistas que querem focar no mercado
Cupcake & Dino – Foto: Divulgação
O mercado mundial de animação vem crescendo e se tornando cada vez mais reconhecido. Em um artigo sobre o mercado consumidor de animação, publicado em 2019 pelo BNDSE Setorial, estimava-se que o consumo em animação deveria atingir US$ 270 bilhões em 2020, devido à alta demanda por entretenimento. O animador e parceiro da Wacom, Pedro Eboli, conta que a carreira exige muita competência, prática, criatividade e paciência do profissional. Além disso, ele fala sobre as principais dicas para quem quer iniciar a carreira nessa área.
Pedro Eboli é carioca, mas atualmente mora em Los Angeles. Começou como animador em 2008 no estúdio Birdo, um dos principais estúdios de animação do Brasil, em São Paulo. Eboli é também produtor executivo e diretor de séries animadas, como Oswaldo (Cartoon Network), Cupcake & Dino (Netflix) e Ollie`s Pack (Nickelodeon).
“O Pedro participou do Wacom Academy deste ano e agregou muito ao evento online com todo o conhecimento e experiência do mercado de animação. Ter alguém que já utiliza ferramentas digitais na área de animação colabora para que outros artistas continuem investindo em suas carreiras nesse mercado criativo. Isso é algo essencial para a Wacom”, comenta Thiago Tieri, gerente de marketing da Wacom no Brasil.
Confira abaixo as dicas para quem quer iniciar carreira na área de animação:
1) Estude
Estudar é o primeiro passo para começar qualquer carreira e como animador não é diferente. Cursos ou tutoriais na internet podem ajudar a entender algumas técnicas e processos.
“Animação é uma arte bastante complexa e cheia de técnica. Claro, não existe um só jeito de animar, mesmo assim existem algumas regras básicas que ajudam qualquer tipo de animador a entender e aprimorar sua arte”, explica Eboli.
2) Tenha paciência
Ter paciência ao estudar e treinar faz com que o artista se torne mais profissional e focado. Para Eboli, “não importa o estilo que você goste, tem que praticar por horas, dias, meses e anos. Então, pratique. Sem medo de errar. Cada um tem a sua jornada para chegar lá, mas todos os animadores de sucesso têm em comum a paciência para aprimorar seu trabalho!”
3) Treine com exercícios básicos
Fazer exercícios básicos de animação é importante para os iniciantes, comece com pequenos passos para desenvolver as técnicas e habilidades que vão te fortalecer no mercado de trabalho.
“Anime uma bolinha quicando no chão, ou um personagem simples pulando de um ponto A para um ponto B, ou um ciclo de caminhada. Não pense muito no design do personagem, no cenário ou na narrativa por trás da cena. Escolha um design e foque no movimento e no timing. Procure na internet alguns desses exercícios fáceis. Eles contêm quase todos os fundamentos básicos que você precisa para animar coisas mais complexas”, conta o artista.
4) Produza um Demo Reel
Depois de praticar por um longo tempo e já ter animações prontas, é certo juntar todas as animações em um “demo reel” para mostrar a evolução do trabalho.
Pedro explica que: “o demo reel é um vídeo contendo os seus melhores trabalhos de animação. Não coloque nada na sua demo que não represente o seu nível atual de técnica. O seu demo não precisa ser longo. A demo é o seu principal instrumento para conseguir um trabalho de animador em um estúdio, porque é a prova real do seu nível atual como animador. Não esqueça: uma demo curta, forte e eficaz é o melhor jeito!”
5) Treine em diferentes softwares
Quando já se tem prática, é importante fazer as animações em diferentes softwares, isso auxilia na decisão de qual é o melhor para usar, além de adquirir experiência em softwares que o mercado de trabalho exige. Existem ferramentas e softwares que contribuem para que o trabalho se torne mais fácil e rápido no digital. A Wacom também disponibiliza licença temporária de softwares parceiros do mercado criativo, após a compra de um produto.
“Na hora de aprender a animar em casa, ou de fazer seus projetos pessoais, utilize o programa que você achar mais fácil ou mais prazeroso de usar. (Eu sempre preferi o Adobe Flash/Animate para animar). Mas na hora de procurar um trabalho num estúdio, o software faz diferença. Se você quer trabalhar em séries animadas em 2D, as chances maiores são que o estúdio use o ToonBoom Harmony. Então é sempre válido pelo menos entender o básico de como ele funciona”, recomenda Eboli.
6) Faça o que gosta
A última dica é se concentrar no que gosta de trabalhar e produzir um portfólio voltado às habilidades e perspectivas de trabalho.
“Se você quer trabalhar com animação e não quer animar, tem outras posições no estúdio. Pode trabalhar com design de personagem, de props (os objetos que os personagens interagem), design de cenários, artista de rigging (que monta os ‘esqueletos’ dos personagens para serem animados), artista de storyboard, ou até mesmo roteirista. Fazer desenho animado depende de muita gente dedicada e talentosa trabalhando em conjunto”, comenta Eboli.
Sobre a Wacom
Fundada em 1983, a Wacom é uma empresa global com sede no Japão (Bolsa de Valores de Tóquio: 6727), com subsidiárias e escritórios afiliados em todo o mundo, para apoiar a comercialização e distribuição em mais de 150 países. A visão da Wacom de aproximar pessoas e tecnologia por meio de tecnologias naturais de interface tornou-a a fabricante líder mundial de mesas digitalizadoras e monitores interativos para canetas, além de stylus digitais e soluções para salvar e processar assinaturas digitais. A tecnologia avançada dos dispositivos de entrada intuitiva da Wacom foi usada para criar algumas das artes, filmes, efeitos especiais, moda e designs mais empolgantes do mundo todo, fornecendo aos usuários corporativos e domésticos sua tecnologia de interface líder para expressar sua personalidade. Para mais informações: www.wacom.com